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Um viva à Cilene Pereira e a sua contribuição ao jornalismo de saúde

Atualizado: 4 de abr.

Por Monique Oliveira


Inteligente, objetiva, interessada, empática e excelente profissional. A presença da Cilene Pereira na redação alegrava os dias e tornava o trabalho intenso mais palatável. Convivi com a Cilene na ISTOÉ. Eu, ainda no começo da carreira, fui acolhida e foi a única vez no jornalismo que ia trabalhar e me sentia em paz. Tudo pelo sorriso dela.


A gente tinha que fechar capas na revista de um dia para o outro. E eu fazia isso feliz por ela. Cilene também não era dos editores que apenas passava o trabalho. Pegava parte para si. Colocava a mão na massa, apurava, dava sugestões. Tudo muito tranquilo e leve.


Pegava os estudos clínicos mais difíceis e transformava em textos ricos, agradáveis, cheios de história — e até bom humor. Uma magia do jornalismo de revista que ela sabia fazer tão bem. E foi generosa em passar seu conhecimento para os novatos — como eu na época.


Que felicidade foi ter convivido com a Cilene. Uma grande jornalista. Formada na Cásper Líbero em 1987, passou pelo Jornal do Brasil, pelo jornal o Globo, pelo Estadão, Revista ISTOÉ, Jeffrey Group; e, agora, mais recentemente, estava como editora da Revista Veja e integrava a RedeComCiência.


Foi uma guerreira contra uma doença rara: a paramiloidose, que ela dialogou com elegância. Passou por um transplante de fígado há alguns anos e agora acabou sofrendo um AVC.


Deixa duas filhas e um filho, um marido e uma legião de amigos e fãs. Sua vida tocou a muitos e o meu coração está triste, mas também feliz por ter tido oportunidade de conhecê-la.

Viva!

 

Monique Oliveira é Doutora em Ciências pela FSP/USP e membro RedeComCiência.

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