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Nota de apoio aos profissionais de comunicação que trabalham na checagem de informações

Atualizado: 30 de set.

São Paulo, 27 de setembro de 2024

Atualizado em 30/09/2024


O relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado em 2024 mostrou que o Brasil é um dos países mais vulneráveis à desinformação. Formas de  mitigar essa vulnerabilidade perpassam diversas áreas e atores sociais, como o da educação, da popularização da ciência, do jornalismo científico, da divulgação científica e da academia. 

Por isso, nos preocupa o assédio judicial e decisões judiciais que possam interferir na atividade desses profissionais, especialmente diante do recente precedente relacionado ao processo sofrido pelas pesquisadoras e divulgadoras científicas da iniciativa NuncaVi1Cientista durante a checagem de fatos realizada sobre o conteúdo publicado por um perfil público no Instagram. 

A desinformação é a utilização de técnicas de comunicação e de informação com o objetivo de dar uma falsa imagem da realidade de forma a induzir ao erro. Ela tem um custo grande para a sociedade impactando a economia, a saúde pública, os aspectos sociais, e, como evidenciamos durante a pandemia, a sobrevivência das pessoas. 

Sempre com respeito à autonomia e conhecimento de todos, a comunicação de ciência contribui para a formação da cidadania e a tomada de decisões em assuntos e temas de sua área de expertise de forma crítica e consciente.  A área contribui para a interrupção do ciclo da desinformação  — pelo reconhecimento e verificação de conteúdo desinformativo —, além da criação e acompanhamento de políticas públicas nas mais diversas áreas. 

O papel de profissionais de comunicação, como jornalistas científicos, divulgadores científicos e de assessoria de imprensa, é fundamental na minimização da  desinformação. Garantir o amparo legal ao trabalho desses profissionais é de extrema importância para a garantia e manutenção da cidadania e democracia. 

Portanto, a favor do trabalho de divulgadores de ciência, jornalistas e comunicadores, é premente que além da mídia, associações do terceiro setor e instituições de pesquisa, também o judiciário garanta que esses profissionais possam exercer a sua profissão. 


Sendo o que se apresenta. 


Assinam este documento os seguintes jornalistas, divulgadores científicos e cientistas (caso queira assinar também, clique aqui)


  • AD Luna, Mestre em Comunicação, editor do www.interd.net.br

  • Amanda Milléo, Jornalista de saúde, mestre em Comunicação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e. pesquisadora do movimento antivacinas

  • Ana Luiza Sério, Licenciada e Bacharel em Física pela Universidade de São Paulo (USP), graduação em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Especialista em Jornalismo Científico na Universidade Estadual de Campinas,, Mestre em ensino de ciências pela USP. Atualmente é professora de Física da Escola Vera Cruz e coordenadora das atividades de divulgação científica e extensão do ICTP-SAIFR

  • Arthur Coutinho Gonçalves Bomfim, Jornalista, pesquisador Ensp/Fiocruz - Universidad Complutense de Madrid

  • Carla de Oliveira Tôzo, Jornalista, Doutora em Comunicação Social

  • Cristina Dissat, Jornalista, sócia da DC Press Agência de Conteúdo, atuando como jornalista em saúde para sociedades médicas desde 1989

  • Cristina Nabuco, Jornalista especializada em Saúde

  • Giselle Soares, Jornalista de ciência e saúde./ Doutoranda em Política Científica e Tecnológica na Unicamp

  • Graciele Almeida de Oliveira, Presidente RedeComCiência, Bacharel em Quimica, Doutora em Ciencias da Natureza (Bioquímica), Especialista em Jornalismo Científico

  • Helen Mendes, Jornalista de ciências. Assessora de comunicação do EBRAINS

  • Isis Nóbile Diniz, Jornalista ambiental especializada em divulgação científica

  • Jefferson Almeida de Oliveira, advogado

  • José de Moura Leite Netto, jornalista pelo UNIFIEO, pós-graduado pela Cásper Líbero e mestre e doutor em Ciências com ênfase em Oncologia pelo A.C.Camargo Cancer Center. Diretor/fundador da SENSU Consultoria de Comunicação; Membro fundador e ex-presidente da Rede Brasileira de Jornalistas e Comunicadores de Ciência (RedeComCiência)

  • Karina Girardi Roggia, Doutora em Matemática, Professora do Departamento de Ciência da Computação da Universidade do Estado de Santa Catarina

  • Mirtes Bogéa, Relações públicas, jornalista e redatora especializada em saúde

  • Mônica Costa, Editora do Nossa Ciência (nossaciencia.com), jornalista há 40 anos. Atuando na área de ciência há 15 anos.

  • Monique Oliveira, co-diretora da RedeComCiência, jornalista, socióloga e doutora em Ciências pela USP

  • Rafael Henrique Pinto e Silva, Divulgador científico relacionado a energia e meio-ambiente

  • Roberto Takata

  • Roxana Tabakman, Jornalista científica

  • Samuel Antenor, Diretor do Centro de Apoio Técnico-Científico do Instituto de Saúde da SES-SP

  • Theo Ruprecht, Jornalista de ciência e saúde e criador do podcast Ciência Suja

  • Verônica Soares da Costa, Jornalista, professora da Faculdade de Comunicação e Artes da PUC Minas, membro permanente do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social da PUC Minas, líder do Grupo Bertha de Pesquisa


E as seguintes instituições (por ordem de adesão),


RedeComCiência


Nossa Ciência


Centro de Estudos Sociedade, Universidades e Ciência (SoU_Ciência) da Universidade Federal de São Paulo



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