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RedeComCiência relembra ações dos últimos anos enquanto se prepara para uma nova gestão

Por Cristina Dissat


Com apenas cinco anos de existência, a Rede Brasileira de Jornalistas e Comunicadores de Ciência (RedeComCiência) acumula esforços para melhorar a qualidade do jornalismo e comunicação de ciência no Brasil.


Atualmente, a Rede se prepara para a transição da atual gestão da diretoria (2021-2023) para a nova gestão (2023-2025), com eleições virtuais acontecendo esta semana. É um bom momento para realizar um balanço dos trabalhos realizados nos últimos anos da associação.


Registro de uma das reuniões presenciais de jornalistas e comunicadores que formaram a RedeComCiência (Arquivo pessoal)


Comunicando ciência na pandemia


A atual gestão da diretoria, que tem como presidente José de Moura Leite Netto, teve início em fevereiro de 2021, um momento intenso da pandemia de Covid-19. Havia mais de mil mortes diárias e menos da metade da população estava completamente imunizada. Além disso, problemas de gestão, principalmente do governo federal, resultaram na instauração da CPI da Covid no Senado.


"Em meio a isso, a RedeComCiência promoveu debates com jornalistas e comunicadores de saúde e ciência para encontrar caminhos de uma difusão de informação assertiva, informativa, com evidência científica e com linguagem adaptada para os diferentes perfis de público e uso de diferentes ferramentas, como forma de contrapor as mentiras propagadas sobre vacina e medidas de saúde pública," lembra Moura.


Enquanto o jornalismo científico e a comunicação de ciência ganhavam mais espaço, a RedeComCiência trabalhava para facilitar o trabalho dessa comunidade.


Atividades desenvolvidas


Por meio da diretoria e colaboradores, foram produzidos conteúdos para as mídias sociais; palestras, cursos e oficinas práticas online e presenciais; discussão de temas sobre jornalismo, divulgação e comunicação de ciência na coluna no Observatório da Imprensa, promoção de eventos como edições do Papo em Rede; coorganização do I Encontro Brasileiro de Divulgadores de Ciência (EBDC); reuniões abertas para todos os membros e representação do Brasil em encontros mundiais e latino-americanos de jornalismo e divulgação de ciência. Está ainda em andamento a contribuição para criação de uma rede latino-americana de jornalistas de ciência.


Entre as diversas ações, Meghie Rodrigues, vice-presidente da Rede na gestão 2021-2022, destaca o trabalho na disciplina de Popularização de Ciência na Pós-Graduação de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na qual membros da RedeComCiência atuam como professores convidados, ajudando pesquisadores da área a divulgarem seu trabalho para o público.


“Desde a primeira gestão da rede, o objetivo mais importante é ajudar a suprir o déficit no Brasil de formação em divulgação científica. Não só divulgar, mas reforçar a importância de uma boa comunicação na área de saúde”, reforça Meghie. A vice-presidente afirma que os estudantes precisam retomar a narrativa da informação segura e de confiança, tanto nos sites como nas redes sociais.


Outro trabalho destacado foi a continuidade e ampliação da parceria com o Science Journalism Forum. A Rede vem contribuindo desde a primeira edição do evento, há três anos, organizando debates sobre temas importantes como estratégias de financiamento para iniciativas de comunicação de ciência e como combater o colonialismo científico. Além de membros da diretoria, jornalistas de uma forma geral estão participando dessa construção. A expectativa é que esse trabalho em conjunto continue nas próximas gestões.


No relatório de trabalhos de Lucas George Wendt, secretário da RedeComCiência, foram incluídas as diversas ações em vários segmentos do jornalismo científico, como a participação da RedeComCiência, em setembro de 2021, no 5º Foro Hispanoamericano de Periodismo Científico, estreitando os laços com a comunidade de jornalismo científico da América Latina.


“No mesmo ano, a Rede esteve presente no Congresso SciComPt, organizado pela Rede de Comunicação de Ciência e Tecnologia de Portugal. Esta parceria continuou, com a presença na comissão científica do SciComPt 2022”, relatou Lucas.


Ações da comunicação e conteúdo seguiram cronograma e planejamento para reforma do site e para a criação da série Jornalismo Científico em 5 minutos, que cumpre uma das principais metas da Rede que é suprir a carência e formação e treinamento em divulgação e jornalismo científico. A iniciativa foi inclusive contemplada com um grant do International Center for Journalists (ICFJ).



Foram realizadas diversas oficinas durante a gestão em diversas instituições de ensino, como a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Universidade do Vale do Taquari (Univates) e Hospital Haroldo Juaçaba em Fortaleza.


O aniversário de três anos da Rede foi comemorado com mais atividades online durante a Semana em Rede, que reuniu debates sobre a formação em jornalismo e divulgação científica e os desafios de se comunicar ciência em meio a tempos de desinformação e das incertezas que o fenômeno traz consigo.


Essas ações refletem a missão da Rede. "A RedeComCiência é um canal aberto de diálogo, aprimoramento, treinamento, troca de experiência e, até mesmo, de acolhimento dos profissionais de comunicação de 'todas as ciências' atuantes no Brasil e no exterior", resume Moura.



Ouvindo o associado


A atual diretoria lembra da importância da participação dos associados para o sucesso da missão da Rede. Trata-se de um desafio a ser abraçado por todos porque o jornalismo científico precisa ser divulgado e ampliado para chegar até as universidades e entrar na formação de novos profissionais.


O desafio, para a próxima gestão, é ouvir cada vez mais as necessidades dos associados e trazer novos integrantes para o fortalecimento da Rede, contribuindo para melhorar cada vez mais a qualidade do jornalismo científico no país.


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